Na próxima quinta-feira, dia 28 de agosto, é celebrado o dia da avicultura nacional. Acredita-se que a ave tenha chegado ao Brasil em 1503, com Gonçalo Coelho, que atracou no Rio de Janeiro. Mas a produção comercial surgiu em Minas Gerais, por volta de 1860, quando o Estado começou a despachar galináceos e laticínios para outras regiões do País. Atualmente, em nosso município, existem 12 criadores de aves e o Abatedouro de Aves Itaquiraí Ltda (Frango Ouro) que possui aproximadamente 1,4 milhões de aves alojadas, sendo parte deste número no estado de São Paulo.
No município, o avicultor José Olavo Fucci ingressou no ramo na inauguração do abatedouro de aves em 1994, com apenas dois aviários (barracão) de 1.200 m² cada. “Hoje sou o maior integrado do abatedouro, com oito aviários, onde consigo alojar 13 frangos por metro quadrado”, explicou. Ele agora possui mais seis aviários de 1.300 m², sendo que quatro possuem alta tecnologia, com climatizadores e pressão negativa. “O cuidado com a ave tem que ser constante, especialmente quando ainda é pintinho”.
De acordo com dados da Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado), Aparecida do Taboado faz parte do polo produtivo de carne de aves. “Hoje temos 12 avicultores integrados no município, que possuem, juntos, 63 aviários”, contou José Olavo. O avicultor ainda explicou que a remuneração é de acordo com o resultado técnico que cada um tem. “Se o integrado souber manejar água, temperatura, comedouro sem desperdício, ou seja, sendo eficiente, acaba tendo uma remuneração maior do que aquele que não conseguiu esses requisitos. Hoje a remuneração está variando de R$ 0,45 a R$ 0,55 por ave retornada ao abatedouro”.
José Olavo explicou que o abatedouro fornece aos integrados (avicultores), as aves, toda a ração e a assistência técnica, de acordo com o crescimento do frango. “Desde a chegada do frango no aviário a responsabilidade fica por conta do integrado, que tem que fornecer temperatura adequada, desinfetar o local e toda a estrutura necessária até o abate, que ocorre com cerca de 42 dias”, esclareceu. Atualmente, no local, trabalham quatro granjeiros (profissionais que cuidam das aves), sendo dois para quatro aviários. “Além dos granjeiros, também trabalhamos com mão de obra terceirizada na hora de limpar, desinfecção e preparar o aviário para receber novos pintinhos; dessa forma consigo empregar muitas pessoas ao longo do ano”, ressaltou.
Dados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) mostram que as exportações brasileiras de carne de frango (considerando frango inteiro, cortes, processados e salgados) entre janeiro e junho deste ano apresentaram alta de 0,7% em relação ao mesmo período do ano passado, totalizando 1,902 milhão de toneladas. No ano de 2012, foram consumidos 45 kg por pessoa no ano. O consumo no ano passado foi de 42 kg, e até agora este volume está em torno de 43 kg, segundo o acompanhamento da ABPA.
Mato Grosso do Sul conta com quatro polos produtivos de carne de aves, sendo eles: polo do Bolsão, que compreende a região das cidades de Aparecida do Taboado e Inocência; o da região de Sidrolândia, que possui grande indústria; polo da região de Dourados; e o da região de Caarapó, que produz um tipo diferente de frango, o galeto, destinado para mercado específico (Possui um abatedouro em Itaquiraí – MS ( Frango Bello) que abate 150.000 aves/dia). Mais de 90% da carne produzida no Estado é encaminhada para o mercado externo. Os principais compradores são Arábia Saudita, Japão, China e Rússia.
Nome do abatedouro: Abatedouro de Aves Itaquiraí Ltda.
Número de funcionários: 443
Número de aves abatidas: 40.000 aves/dia
Mercado Consumidor: Brasil, Arábia Saudita, China, Cuba, Emirados Árabes, Japão, Jordânia, Kuwait, Líbano.
Quando foi fundado o abatedouro: Outubro/1994, no entanto foi adquirido pelo Grupo Pluma em janeiro/2010.
Fonte: Costa Leste News.