Frango vivo no 1º semestre: Comparativo entre 2013 e 2014

30/06/2014

Frango vivo no 1º semestre: Comparativo entre 2013 e 2014

Teste visual rápido: olhando o gráfico abaixo, diga quando o frango vivo se saiu melhor financeiramente? No primeiro semestre de 2013 ou no mesmo período de 2014?

Sem qualquer sombra de dúvida, o semestre que ora termina foi bem menos assustador que o primeiro semestre do ano passado. Pois ainda que 2014 tenha sido iniciado com preço substancialmente inferior ao de 2013, o índice que marca a queda desse preço (e que é típica do semestre) foi também menor: em 2014, a cotação mínima do semestre ficou 14% aquém do valor inicial do ano; em 2013 esse índice havia ficado em 40% (!).

Frente a essa constatação é quase lógico concluir que o exercício de 2014 vem sendo melhor para o frango vivo, certo? Errado! Pois mesmo que, até a próxima segunda-feira, ocorra algum novo acréscimo nos valores ora recebidos pelo produtor, o frango vivo fecha o primeiro semestre de 2014 com um preço médio inferior ao do mesmo período de 2013.

É verdade que a diferença não chega a ser grande. No ano passado, o frango vivo comercializado no interior paulista registrou cotação média de R$2,38/kg no primeiro semestre. Neste ano, independente de novos acréscimos, não passa de R$2,34/kg. Uma diferença a menos, portanto, de 4 centavos ou 1,68% de redução.

Mas essa é, apenas, parte da história. E a inflação acumulada nos últimos 12 meses? Entre março e maio o IGP-M anualizado se manteve acima dos 7%, o que significa que o retorno do produtor, neste ano, está de 8% a 9% menor.

Mesmo isso, porém, corresponde somente a uma perda inflacionária. Pois os custos deste ano também vêm sendo substancialmente maiores que os do primeiro semestre de 2013.

Não se conhecem, ainda, os dados de junho corrente e é provável que sejam inferiores aos de maio. Mas o levantamento da Embrapa Suínos e Aves relativos aos cinco primeiros meses de 2014 apontam, neste ano, custo de produção médio quase 8,5% maior que o do mesmo período do ano passado. Quer dizer: a perda efetiva do produtor dobra em relação à inflação.



Fonte: AviSite.

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